HGG implanta tecnologia inédita no SUS para realização de cirurgias minimamente invasivas

Objetivo é reduzir a fila de espera dos usuários da unidade e, ao mesmo tempo, capacitar profissionais da área para o uso de novas técnicas e dos novos equipamentos (Foto: SES)

O Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi – HGG implementa tecnologias inéditas no Sistema Único de Saúde (SUS) para realização de cirurgias orificiais minimamente invasivas do Serviço de Coloproctologia da Unidade de Saúde, com operações menos invasivas, que garantem uma recuperação mais acelerada e menor gasto hospitalar por paciente.

O objetivo é reduzir a fila de espera dos usuários da unidade e, ao mesmo tempo, capacitar profissionais da área para o uso de novas técnicas e dos novos equipamentos. Em ação concentrada neste fim de semana do feriado de Corpus Christi, nos dias 21 e 22 de junho, estão previstas a realização de 14 procedimentos para o tratamento de fístulas, hemorróidas e cistos pilonidais, fazendo uso dos lasers de diodo e de CO² fracionado.

A médica Albanice Rodrigues de Lima, chefe do serviço de Coloproctologia do HGG, destaca que o novo equipamento possibilita a realização dos procedimentos com incisões menores no paciente, o que tem impacto direto na realização da operação e também no pós-operatório.

“As cirurgias são menos mutilantes, geram menores riscos de incontinência e possibilitam uma cicatrização mais rápida”, resumiu. 

Entre as vantagens do uso dos lasers, estão uma menor taxa de reinternação e menor necessidade de analgesia no pós-operatório, trazendo não apenas um aprimoramento na recuperação do paciente, mas também uma redução nos custos hospitalares desses procedimentos.

“É uma técnica que ainda não está disponível nos hospitais públicos e que possibilita um retorno mais rápido do paciente às suas atividades”, explicou. Ela pontua ainda que os equipamentos também podem trazer inovação para as áreas de Ginecologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia Plástica.

Com a adoção da cirurgia a laser para procedimentos de Coloproctologia, o Hospital Estadual Dr. Alberto Rassi – HGG projeta uma expressiva redução nos custos operacionais. De acordo com a estimativa, o tempo de internação dos pacientes será reduzido de três para dois dias, gerando uma economia anual de mais de R$ 456 mil.

Essa otimização não apenas representa uma redução de custos para o Governo de Goiás, como também permite maior rotatividade de leitos, com diminuição do tempo de internação, beneficiando um maior número de pacientes, agilizando o acesso aos tratamentos e permitindo que o usuário do SUS tenha acesso à tecnologia de ponta.

Ensino Médico no HGG

A capacitação dos profissionais já vem sendo realizada de forma prévia, com aulas teóricas desde a primeira quinzena de maio e, neste próximo fim de semana, será a formação prática no HGG. Nas aulas teóricas, foram discutidos os temas: princípios do laser e sua utilização na Coloproctologia, hemorroidectomia com utilização do laser, fissura anal, cisto pilonidal com laser de diodo e fistula anorretal com laser de diodo. 

Na parte prática da formação, os procedimentos serão realizados de forma voluntária pelos médicos coloproctologistas Ananda Daniele Oliveira, Cristiano Magalhães, Elisa Vieira, Larissa Peluso e Patrícia Pretes, profissionais que já foram residentes da especialidade no HGG.

A expectativa é que sejam realizados sete procedimentos em cada dia da formação. Com inscrições já encerradas, são mais de 20 profissionais que participam das aulas, entre membros da unidade e da comunidade médica do Estado.