Hospital Centro-Norte Goiano desenvolve prontuário afetivo para pacientes
Na estratégia de humanizar cada vez mais o atendimento, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) acaba de desenvolver o chamado prontuário afetivo, modelo alternativo ao convencional, que vai além das informações como nome e idade dos pacientes, aspectos técnicos e recomendações para o tratamento.
O novo prontuário afetivo da unidade do Governo de Goiás no município de Uruaçu passar a contar com informações como preferência musical, apelido, nomes dos filhos e/ou do companheiro ou companheira em caso de adultos, time de futebol, entre outras referências que geram uma maior aproximação com as equipes de saúde, fator que, consequentemente, contribui para a melhora mais rápida e eficaz em meio ao período de internação.
A iniciativa foi desenvolvida pela equipe psicossocial e começou a funcionar nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com pacientes inconscientes. Contudo, a ideia também já se estendeu para adultos e crianças internados que estão conscientes e em constante contato direto com os profissionais do complexo. Inclusive, em breve, o prontuário deverá ser implantado em todos os leitos de enfermarias.
“Com essa ideia podemos sensibilizar ainda mais a equipe assistencial, pois trazemos esse olhar de que cada paciente é o amor de alguém. Ou seja, os profissionais são constantemente lembrados de que estão cuidando de uma pessoa que tem família, cachorro, filhos, preferências musicais, entre outras informações que possam contribuir para um atendimento sempre humanizado”, destaca Mariana Maciel, coordenadora multiprofissional no HCN.
Ações pensadas
Marina explica ainda que, a partir desta inciativa muitas ações podem ser pensadas. “Quando o prontuário afetivo fica pronto, há uma apresentação dos dados para as equipes durante a visita multiprofissional, momento em que se fala sobre o caso clínico para a discussão do tratamento. Durante essa ocasião, a equipe psicossocial pode entrar trazendo informações mais pessoais, apresentando um outro olhar com o objetivo de promover um atendimento sempre humanizado.”
A coordenadora multiprofissional acrescenta: “Além disso, frente aos dados coletados, podemos organizar outras iniciativas, como, por exemplo, colocar uma determinada música que o paciente gosta de escutar. Se ele tem um animal de estimação é possível realizar uma videochamada para que possa ver o seu bichinho, entre outras ações que podem ser feitas para uma melhor experiência durante a internação.”
No HCN, a iniciativa tem realmente aproximado ainda mais os pacientes da equipe multiprofissional, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos, entre diversos outros profissionais de diferentes áreas da saúde que completam o quadro. “Com esse prontuário, há o lado humano, além da assistência técnica”, define o gerente de enfermagem, Marcelo Ramos.
“A gente consegue perceber ainda mais esse paciente no leito, pois são pessoas como nós, com filhos, religião, vida. Isso desperta, inclusive, um olhar para dentro de nós. Estamos cuidando do amor, do pai ou mãe de alguém. Essas práticas humanitárias são um divisor de águas e precisamos manter e ampliar esse tipo de projeto, que começou na UTI e tem pretensão de avançar em todo hospital”, adianta.
Marca registrada
Já a direção do complexo pontua que o atendimento humanizado é uma marca registrada no espaço: “Estamos sempre com essa contaste preocupação de desenvolver cada vez mais inciativas que reforcem ainda mais nossos cuidados com a saúde da população. Por isso, temos diversas iniciativas para promover a humanização no acolhimento aos pacientes”, enfatiza Getro de Oliveira Pádua, diretor-geral do Imed, organização social que administra o HCN.
O diretor assistencial do hospital, João Batista da Cunha, complementa: “No HCN estamos trabalhando muito essa questão do atendimento humanizado, proporcionando sempre o acolhimento dos pacientes do ponto de vista técnico, que visa à recuperação da condição da saúde, mas também respeitando cada pessoa como um ser humano único e individual.”
Wandy Ribeiro (texto e foto)/Imed